O QUE É COMPETÊNCIA SOCIAL?
O QUE É AUTISMO?
È POSSÍVEL FALAR EM COMPETÊNCIA SOCIAL DE “AUTISTAS”?
QUAL A RELAÇÃO ENTRE COMPETÊNCIA SOCIAL E APRENDIZAGEM?
POR QUE FALAR DE COMPETÊNCIA SOCIAL NO CONTEXTO DA INCLUSÃO?
PESQUISA
“ a parte da socialização está indo bem...o que me preocupa é a aprendizagem. Goldberg, 2002
Competência Social
Não são apenas “habilidades”
Comportamentos adaptativos para se desenvolver socialmente em uma variedade de contextos e situações.
Podem ser erroneamente vistos como “desajustes” ou “sintomas”, se não forem consideradas a etapa de desenvolvimento da criança e o contexto.
Hartup, 1992; Waters & Sroufe, 1983
Emerge principalmente das experiências em relações mais estreitas e íntimas (Hartup, 1989; 1992).
2 tipos de relacionamento:
Vertical: Adulto
Criança
Horizontal:
Criança Criança
Exercem funções diferentes e são necessárias para o desenvolvimento.
V H
Aquisição ou elaboração de habilidades sociais básicas como comunicação e a cooperação;
Promove o auto-conhecimento e o conhecimento do outro;
Função simbólica
Autismo:
Transtorno Global de Desenvolvimento (TID, Espectro, etc.)
DSM-IV e CID-10 (manuais de classificação descritivos)
Transtorno autista
T. De Rett
T. De Asperger
T. Desintegrativos da infância
TGS sem outra especificação
Comunicação, interação social e comportamentos estereotipados (APA, 2002)
Tríade
Interação: reciprocidade/espontaneidade
C. simbólica: linguagem oral (ecolalia, prosódia, volume, etc.); gestual e expressões faciais; faz-de-conta
Compreensão da linguagem
Compreensão das emoções e da vida mental de si e dos outros (pensamentos, intenções, desejos).
Diferenças e comorbidades
Cognitivo
Desenvolvimento (fatores psicossociais)
Sono, alimentação, agitação, epilepsia, etc.
Etiologia
Multifatorial
Genética, neuropsicologia
Ambiente
Núcleo: Intra x Entre Sujeitos
• Até que ponto o retraimento social e o “déficit” de desenvolvimento podem ser ampliados pela falta de oportunidades sociais oferecidas (Lord & Magill, 1989).
• Importância da convivência com crianças com desenvolvimento típico.
• Inclusão
Benefícios da Inclusão :
Efeitos da inclusão no comportamento (Serra, 2004; Yang, Wolfberg, Wu & Kwu, 2003)
Individual
• Melhora significativa na concentração das atividades propostas
• Desenvolvimento cognitivo e social
Percepção dos pais quanto ao sucesso da inclusão escolar (Li, 2002)
Aumento de habilidades cognitivas,
habilidades sociais,
habilidade de comunicação.
Maior investimento da família na aprendizagem da criança
Maior credibilidade da família nas potencialidades
Efeitos do processo de inclusão não satisfatória
Maior risco de isolamento
Rejeição dos pares
Desorganização comportamental/emocional (Chamberlain, 2002)
Justificativa
Potencialidades (educabilidade)
Evidências para os benefícios da inclusão
Análise de contexto das situações “problemas” e promotoras de desenvolvimento
Análise das percepções e dos sentimentos dos professores
Objetivos
1) Investigar o perfil de interação social de uma criança pré-escolar com autismo, em situação de inclusão escolar, comparado a uma criança sem autismo, da mesma idade.
2) Investigar a influência do ambiente escolar (sala de aula ou pátio) no perfil de interação social dessas crianças.
Método
Delineamento
Estudo exploratório
Estudo de caso, comparativo, sujeitos “alvo”
Participantes
1com diagnóstico médico prévio de Autismo
2 crianças “focais”
1 com desenvolvimento típico
4 anos
Mesmo sexo
Sem deficiências físicas ou sensoriais associadas
Mesma classe da escola comum
Instrumentos e Materiais
Ficha de dados sóciodemográficos da criança (NIEPED, 2001).
Ficha de caracterização da Escola (Goldberg, 2002).
Escala Q-sort de Competência Social (Almeida, 1997):
Baseia-se na perspectiva organizacional-relacional, onde a qualidade da interação depende da organização do comportamento social em cada etapa do desenvolvimento (Sroufe, 1979; Waters & Sroufe, 1983).
53 itens (escala de 7 pontos)
Dimensões
Sociabilidade/cooperação (9 itens),
Asserção Social (10 itens),
Conflito/agressão (13 itens),
Dependência/autonomia (12 itens),
Desorganização do Self (9 itens
Procedimentos de coleta de dados
A criança com desenvolvimento típico selecionada com base em um sorteio
Observação sistemática de cada criança em 2 contextos: pátio e sala de aula
Câmera de vídeo fixa
Filmagem – 1hora: 30 minutos em sala de aula e 30 minutos no pátio
Filmagens conduzidas em dias diferentes – amostragem de comportamentos
Procedimento de Registro e Análise dos Dados
Filmagem de cada criança registrada e codificada separadamente.
2 observadores independentes – “cegos” para os objetivos do estudo e diagnóstico da criança autista.
Resultados: Diferenças
Sociabilidade/cooperação e Asserção social:
16 itens
- apenas 8 diferenciaram as duas crianças (4 em cada uma).
Maior dificuldade em integrar-se com facilidade no grupo (item 1);
colaborar e dispor-se a ajudar (item 2);
canalizar a atenção do grupo para uma determinada tarefa (item 21);
expressar com desenvoltura seus desejos e sentimentos (item 31)
Tentar apaziguar em situações de conflito apareceu apenas na criança com DT (item 9)
expressar suas intenções claramente (itens 6 e 37, respectivamente
Ambas as crianças são solicitadas pelo grupo a dar opiniões (item 3), ainda que com pouca freqüência.
As duas crianças apenas ocasionalmente falam e agem com ponderação (item 17) e costumam manter a calma em situações de tensão e conflito (item 40).
Ambas frequentemente mostraram-se amigáveis no pátio (item 42), são capazes de ceder perante os argumentos do grupo (item 33) e reagir de forma divertida e com graça (item 36).
Dependência
Agressão
Desorganização
Conclusões
Houve evidência de competência social na criança com autismo, ao participar de atividades em grupo, ser solicitada pelos colegas, aceitar sugestões e pedidos dos outros, mostrar-se amigável, afetiva e disposta.
Chama a atenção de que, nos aspectos da competência social em que ela diferiu da criança com DT, esta diferença decorre mais em função da freqüência/intensidade ou qualidade do comportamento do que da sua ausência per se.
Cleonice Alves Bosa
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